Manacá é o nome popular dado a um grupo de árvores brasileiras que possuem como inusitada característica a mudança de cor em suas flores. Quando criança eu acreditava que o Manacá do meu quintal simplesmente dava flores de várias cores, ao seu bel-prazer, e eu achava isso maravilhoso. Somente quando cresci soube que na verdade as flores vão mudando de cor conforme amadurecem, o que achei ainda mais belo. Depois descobri também que existem basicamente duas espécies diferentes de Manacás: o Manacá de Cheiro e o Manacá da Serra.
O
Manacá de Cheiro (Brunfelsia
uniflora) pertence à família Solanaceae e como o próprio nome diz, é extremamente perfumado. A
beleza das flores e seu perfume marcante fazem com que essa espécie tenha um grande valor ornamental,
sendo muito usada em paisagismo. Porém, não é recomendado plantá-la
próximo a dormitórios de crianças e de pessoas mais sensíveis, pois o perfume
que exala do Manacá de Cheiro é muito intenso.
O Manacá da Serra (Tibouchina
mutabilis) pertence à família Melastomataceae e se popularizou rapidamente
no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. As flores do Manacá da
Serra são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor branca e
gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta
particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três
cores básicas em diferentes matizes e mesclas. No entanto, as flores do Manacá
da Serra não possuem nenhum perfume, o que não diminui em absolutamente nada a
beleza da planta e o fascínio que exerce com suas flores multicoloridas.
Na minha singela opinião, e sem querer desfazer do belo e perfumado
Manacá de Cheiro, penso que as flores do Manacá da Serra são até mesmo
superiores em sua beleza, pois tem um toque sedoso único, e algo perolado e
furta-cor em suas pétalas, se olharmos bem de perto. Por tudo isso, escolhi o
Manacá da Serra como símbolo desse blog.
Somos como Manacás. Florindo sempre, mas mudando de cor conforme
amadurecemos. Passamos pelo branco da infância, o rosa da juventude e o roxo da
maturidade. Ninguém É criança, jovem ou velho. Assim como a flor do Manacá não
É branca, rosa ou roxa. Não somos, apenas estamos. Somos mutáveis, como as
flores do Manacá.
Uns, como o manacá de Cheiro, exalam perfumes, e talvez
pensem que só poderão encantar e atrair através deles. Já outros, são como o
Manacá da Serra. Não exalam nenhum perfume, mas são tão belos e especiais
quanto os primeiros.
Esse blog eu fiz com carinho para
meus companheiros, Manacás da Serra...
Que bonito texto.
ResponderExcluirDEUS te abençoe!!
Obrigada André! Amém,a todos nós! Fico muito feliz que tenha gostado porque escrevi com muito carinho. Seja muito bem vindo ao nosso blog! Abraços. ;)
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